Favas com chouriço
Ontem houve favas para o jantar. Frescas. Cozinhadas apenas com um pouco de toucinho e umas rodelas de chouriço, foram para a mesa com ovos escalfados. Mesmo bom, apesar de ter deitado sal a mais ( devo ter posto o sal por duas vezes !!! ) Levei ao lume uma panela com um pouco de azeite e aí fritei umas lasquinhas de toucinho. Nessa gordura estalei depois ligeiramente um belo chouriço de carne alentejano – a que por lá chamam linguiça – que levara antes uns golpes. Enquanto isto “acontecia”, eu ia descascando as belas favinhas compradas no mercado do Lumiar. Que bom tê-las assim frescas, apesar do trabalho que dão. Mesmo que as congeladas sejam boas, estas parecem sempre prometer mais sabor e mais mistério. Será por via da memória das boas favas que se comiam na quinta dos meus avós, com aquele sabor tão especial (a favas!!) que brilhava sobretudo na sopa que a minha avó fazia. Uma aguinha de cozer as favas (incluindo as ditas ) que se despejava por cima de fatias de pão e uma folha de hortelã, temperada com azeite e não sei mais que magias... Adiante. Descascadas as favas , tirei da panela o chouriço, para ser partido e depois voltar para a cozedura. Noutro bico de gás, coloquei uma panela com água a aquecer. Deitei as favas para a panela do toucinho, agitei a panela, juntei um dente de alho picado , coentros , sal e uma pitada de açúcar. Ao fim de 5 minutos deitei para lá o chouriço e voltei a agitar – se calhar nesta altura voltei a deitar sal . Assim passaram uns 20 minutos durante os quais juntei umas pingas (curtas)de água. Quando as favas pareciam cozidas confirmei isso mesmo, comendo uma. Então, coloquei a tampa e baixei o lume para o mínimo. Escalfei dois ovos à parte e levei tudo para a mesa. Eu não queria comer pão, mas deve ser daquelas coisas que fazem parte do código genético.
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